VANDERLEIA SEIDEL

ORIGEM ETIMOLÓGICA PARA ALTAS HABILIDADES OU SUPERDOTAÇÃO

por | Altas Habilidades

De acordo com a análise dos aspectos históricos relacionados às terminologias específicas para designar indivíduos com altas habilidades, não há concordância entre os estudiosos e especialistas da área. Alguns defendem o uso do termo “superdotado”, considerando-o equivalente a talento, enquanto outros advogam pela abolição da expressão, argumentando que é elitista e tendenciosa (Guenther, 2000).

Guenther (2000) argumenta que a falta de consenso na terminologia se originou na tradução dos termos em inglês americano “giftedness” e “gifted”, que literalmente significam “dotação” e “dotado”. A esses termos foi adicionado o prefixo “super”. Contudo, o termo “Superdotação” não foi amplamente aceito nos meios educacionais. Para atenuar os efeitos, a expressão inglesa “High Ability” foi incorporada, a qual, traduzida para o português, significa “capacidade elevada”.

Traduzindo a expressão inglesa “High Ability” para “Altas Habilidades”, no plural, ainda persistem elementos de crítica, pois “ability” significa capacidade, e não é apropriado traduzir como habilidades, o que pode comprometer sua essência (Guenther, 2000).

Ainda na tentativa de elucidar o conceito, apresentamos o que foi exposto por Erika Landau:

[…] uma criança como qualquer outra, mas há algo que a distingue: o talento. Todo talento deve ser estimulado, regado como se fosse uma planta. Entretanto, existe uma teoria antiquada, segundo a qual a criança superdotada encontra um caminho para desenvolver seus potenciais sob quaisquer circunstâncias. (Landau, 2002, p. 27).

Nesse contexto, uma criança superdotada é apenas uma criança, igual às outras, mas com um atributo adicional: o talento. Essa característica deve ser respeitada e incentivada, para que, ao conhecer seus potenciais, ela possa se desenvolver plenamente em todas as situações.

Referências:

GUENTHER, Zenita. Desenvolver capacidades e talentos. Petrópolis, RJ: Editora Vozes Ltda, 2000.

LANDAU, Erika. A coragem de ser superdotado. São Paulo: Arte e Ciência, 2002.

 

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